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Carta aberta ao Movimento dos Atingidos por Barragens – SC

A Coletiva Centospé construiu diferentes ações junto ao Movimento dos Atingidos por Barragens de Santa Catarina (MAB-SC) desde 2017. Nossa relação política e afetiva com o povo atingido por barragens existe desde antes de nosso surgimento enquanto coletiva, quando algumas de nós já haviam realizado estágio junto ao MAB-SC através do Estágio Interdisciplinar de Vivências (EIV-SC). No último ano também participamos do Encontro Nacional do MAB no Rio de Janeiro, dedicamos esforços junto ao movimento na mobilização do Fórum Mundial Alternativo da Água e participamos da construção do EIV-SC. Nesse momento, comunicamos ao MAB-SC que decidimos por não manter mais o vínculo de aliança entre o movimento e nossa coletiva.

Consideramos que as posições do MAB e da Via Campesina nos debates sobre o EIV-SC 2018 foram inaceitáveis e nos colocamos em solidariedade à antiga Comissão Político-Pedagógica (CPP), que lutou durante todo o ano de 2017 para a construção do estágio, mas teve sua realização impedida em cima da hora pela Via Campesina. Além disso, a CPP não recebeu explicações honestas sobre as intenções desse cancelamento, nem teve suas posições ouvidas e consideradas durante o processo de rediscussão do estágio, levando ao afastamento de todas as militantes independentes do EIV-SC.

Sabemos que, independente disso, estaremos lado a lado em muitos outros processos de luta e desejamos força na disputa pelos direitos do povo atingido pelas barragens e por um projeto energético popular e anticapitalista.

Coletiva Centospé

Florianópolis, 16 de julho de 2018

20/09 | Arpilleras, o Filme – Lançamento em Florianópolis

Com imensa satisfação e suor, convidamos todas e todos para o lançamento do documentário “Arpilleras: atingidas por barragens bordando a resistência” e para o lançamento estadual do 8º Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

“Arpilleras: atingidas por barragens bordando a resistência”.
Um filme “costurado” por diversas mãos e que terá sua primeira exibição em Florianópolis no próximo dia 20. O longa-metragem conta a história de luta das mulheres atingidas por barragens nas cinco regiões do país usando uma técnica de bordado advinda do legado das mulheres chilenas que bravamente lutaram contra a sangrenta ditadura militar instalada em setembro de 73. No Brasil, a técnica das arpilleras foi ensinada e fomentada pelo MAB nos últimos anos através de oficinas realizadas em todas as regiões do país. O filme, financiado coletivamente, foi totalmente produzido e realizado pelas mulheres do MAB em conjunto com o coletivo de comunicação do movimento. Seu lançamento oficial foi na cidade do Rio de Janeiro e, em breve, terá estreia em São Paulo.

No dia 20 de setembro, em Florianópolis, além da estreia do filme ocorrerá o lançamento do 8º Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), marcado para acontecer entre os dias 1 e 5 de outubro, no Rio de Janeiro. O Encontro Nacional deve reunir mais de cinco mil atingidos e apoiadores do movimento de todos o país.

Sinopse:
“Arpilleras: atingidas por barragens bordando a resistência”
O que une 10 mulheres de diferentes regiões do país? Elas se conectam na dor da perda de suas memórias, mas também na força de resistir e de se converter em autoras de sua própria história. Elas são mulheres atingidas por barragens. E a costura sua ferramenta de luta.

Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=N-Q3hRtcwiM
Página do filme:
https://www.facebook.com/arpilleras/

ESTREIA EM FLORIANÓPOLIS:
DATA: 20.09.2017
HORÁRIO: 19h
LOCAL: Auditório Antonieta de Barros – Assembleia Legislativa de SC. Rua Dr. Jorge Luz Fontes, 310

Realização: Movimento dos Atingidos por Barragens – SC
Apoio: Bancada do PT, ALESC, Sinergia

#ArpillerasOFilme #AtingidasSomosTodas #AtingidosSomosTodos #MAB

07/09 | Caminhada e Abraço aos Areais da Ribanceira

Movimento SOS Butia catarinensis CONVIDA: Caminhada e Abraço aos Areais da Ribanceira

Quando: 7 de setembro de 2017
Horário: das 15h às 18h
Saída na Associação Comunitária Rural de Imbituba, onde acontece a Feira da Mandioca, logo depois da Usina de Triagem de Imbituba

Essa ação acontece em virtude da extensa queimada ocorrida nos dias 2 e 3 de setembro. Onde muitos animais morreram, muitas aves migraram, o complexo de butiazais e todo seu ecossistema foi fortemente atingido.

Junte-se a nós nessa caminhada, se puder venha de preto para representar o luto pelas queimadas ou venha de branco para representar a vida pela terra.

Para saber mais, acesse: https://www.facebook.com/events/321044458359290/

 

28/08 | A Luta pela Terra nos Areais da Ribanceira

O PET Direito convida a todas e todos para a palestra “A Luta pela Terra nos Areais da Ribanceira: aspectos de um caso prático de Direito e Resistência”.

Dentro do tema central escolhido para as atividades de 2017, buscamos promover com o presente espaço uma atividade capaz de debater os aspectos inerentes de Direito e Resistência em um caso prático de conflito social, analisados a partir de uma comunidade que reinvidica seus direitos fundamentais através da luta pela terra.

O caso em questão trata-se da comunidade tradicional dos Areais da Ribanceira localizada no município de Imbituba no litoral catarinense, que caracteriza-se por ser um grupo social descendente de açorianos e indígenas que faz uso comum do território desde o século XIX. Ao longo das sucessivas gerações, a comunidade desenvolveu práticas específicas de uso e apropriação dos recursos naturais orientadas por um sistema de referência compartilhado pela coletividade. No entanto, os projetos de desenvolvimento conectados com o setor industrial e a especulação imobiliária têm alavancado nas últimas décadas uma intensa disputa pelo território na região, ameaçando a reprodução dos modos de vida tradicionais. A comunidade por sua vez, composta por agricultores e pescadores, busca mecanismos através da ACORDI (Associação Comunitária Rural de Imbituba) de organizar a resistência cultural e efetivar o direito pela terra.

Para debater os entraves atuais do reconhecimento da comunidade tradicional, trazemos Marlene Borges, agrônoma e cofundadora da ACORDI, Ledeir Martins, advogado e membro da ACORDI, Daniela Rabaioli, advogada popular e Marcos Almeida, antropólogo do Ministério Público Federal.

A palestra será realizada no Auditório do Fórum Norte da Ilha às 19h de segunda-feira, 28 de agosto. Estão todas e todos convidados.

Esse evento é uma parceria do PET Direito com a Coletiva Centospé.

Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/1999677240248215