Eleitores do Bolsonaro agridem uma estudante da UFSC

Na última quinta-feira, dia 11 de outubro, uma de nossas militantes foi agredida por dois eleitores de Bolsonaro nas proximidades da UFSC. Ela pedia carona na entrada do Córrego Grande, na esquina do Restaurante Dona Benta, onde entrou no carro (Corsa prata, placa não identificada) e seguiu no sentido Lagoa da Conceição, por volta das 18h40. Eram dois jovens brancos, ambos com aproximadamente 27 anos de idade, por volta de 1,75 e barba comprida com cabelos escuros, estilo coque samurai

Depois de rodarem alguns minutos, os agressores perguntaram se ela havia votado no Bolsonaro. Ao dizer que não havia votado e que não concorda com o que o candidato representa, eles a xingaram com violência, inclusive enquanto ela afirmava que também não votava no PT. Após isso, eles a arremessaram com violência para fora do carro, nesse momento parado, fazendo com que o impacto rasgasse sua calça na região dos joelhos e machucasse essa região, assim como as mãos.

Sabemos que, assim como dezenas de outras histórias de violência realizadas por defensores de Bolsonaro, essa pode ser respondida com descrédito e informações falsas. Essa ação sistemática de negação serve apenas para aqueles que não querem acreditar ou admitir a violência legitimada pelos discursos desse candidato. A verdade é que os discursos de sua campanha estimulam o ódio e o extermínio.

Iniciativas de mapeamento da violência dos eleitores de Bolsonaro indicam dezenas de casos por todo o país (aqui, aqui, aqui e aqui), como o assassinato do Mestre Moa do Katendê na primeira noite pós primeiro turno, representante da cultura negra e popular do país. Muitas e muitos de nós já acompanhamos de perto essa violência, que vem atingindo pessoas próximas a nós.

Chamamos todas e todos para terem cuidado. Militantes de esquerda, feministas, todas as pessoas LGBTI+, todo o povo negro, indígena, imigrantes ou qualquer pessoa que se oponha a Bolsonaro. Porém, mais do que cuidado, recomendamos força. Precisamos construir redes de apoio e grupos para práticas de autodefesa, nos mantendo de pé a partir da coletividade. Não iremos nos calar e nem vamos nos esconder! Cada ameaça e cada violência da extrema-direita será respondida com mais disposição para a luta, mais vontade de tomar as ruas, mais dedicação para a organização popular.

#EleNão!

PARA DERROTAR A EXTREMA-DIREITA, ORGANIZAÇÃO E LUTA!
MAIS FORTES SÃO OS PODERES DO POVO!

Coletiva Centospé,
Florianópolis, 14 de outubro de 2018.

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